Diante dos desafios cotidianos enfrentados no trabalho, os benefícios da inteligência emocional saltam aos olhos. Afinal, essas habilidades permitem que profissionais lidem com situações difíceis, perseverem e evitem o adoecimento mental.
Assim, em um ambiente cada vez mais exigente, estressante e ansioso, tanto a empresa quanto os colaboradores têm a ganhar. Mais que isso, são seus efeitos positivos que justificam o direcionamento de esforços a fim de desenvolver essas aptidões.
Dessa maneira, vamos explicar o conceito, por que é importante trabalhá-lo no contexto do trabalho e muito mais. Confira!
O que é inteligência emocional?
Antes de entender os benefícios da inteligência emocional, é preciso compreender o seu conceito. Basicamente, trata-se de um conjunto de habilidades, capacidades e aptidões que envolvem o reconhecimento de emoções — próprias e dos outros —, permitindo gerenciá-las para lidar da melhor forma com elas nas mais diversas situações.
Na prática, isso inclui identificar sentimentos, estabelecendo origens, crenças, vivências ou significados associados a eles para analisar e reagir sem causar danos à saúde mental dos envolvidos. Entre as principais competências necessárias, estão:
- autoconhecimento;
- autorregulação;
- motivação;
- empatia;
- socialização;
- comunicação.
Como surgiu esse termo?
Conceitualmente, a inteligência emocional vem sendo discutida de alguma forma desde a década de 1920 sob outros nomes ou abordagens. Porém, tanto o termo quanto seu significado atual surgiram por volta dos anos de 1990, quando os pesquisadores Peter Salovey e John Mayer escreveram artigos acadêmicos que os mencionavam.
Já sua popularização ocorreu por volta de 1995, após o psicólogo Daniel Goleman escrever um livro de mesmo nome. Na obra, ele explica o conceito de maneira acessível e promove uma discussão que se estendeu para fora do ambiente educacional.
Qual a sua importância no contexto do trabalho?
Quando se trata do mundo do trabalho, as aplicações práticas da inteligência emocional são igualmente relevantes. Afinal, delas surgem os benefícios que citaremos adiante e, mais que isso, partem as ações que minimizam as dificuldades. Dessa forma, destaca-se como meio para:
- evitar e responder a conflitos;
- exercer a liderança;
- manter a harmonia;
- conduzir a equipe com eficiência;
- criar um ambiente seguro e agradável;
- tomar decisões justas e racionais.
Quais os benefícios da inteligência emocional aplicada ao trabalho?
Quando equipe e gestores aplicam essas competências no ambiente de trabalho, a tendência é usufruir dos benefícios da inteligência emocional. Veja seis deles, a seguir!
1. Comunicação clara e eficiente
Crenças e percepções individuais embasam os sentimentos que impactam profundamente os comportamentos cotidianos. Assim, muitas vezes, elementos implícitos que têm origem nisso deixam de ser ditos, mas estão presentes.
Quem desenvolve inteligência emocional se torna capaz de evitar tais situações, uma vez que lê melhor as reações e compreende mais facilmente as visões das outras pessoas. Desse modo, fica mais fácil comunicar ideias e orientações com eficiência, considerando as individualidades.
2. Aumento da produtividade
O adoecimento mental, principalmente ligado ao estresse, ao burnout e à ansiedade, tem relação direta com componentes emocionais do ambiente de trabalho. Esse cenário reduz a produtividade devido ao absenteísmo e a dificuldades cognitivas.
Por outro lado, empresas que contam com colaboradores e gestores cuja inteligência emocional é bem desenvolvida constroem relações mais saudáveis, conseguem entregar seu melhor e evitam esse tipo de problema de saúde.
3. Mais foco e concentração
Outro efeito negativo de preocupações e abalos emocionais é a diminuição de algumas capacidades cognitivas, incluindo a concentração. Uma vez que ter no ambiente de trabalho colegas com inteligência emocional tende a evitar gatilhos ou dificuldades, o próprio colaborador pode se valer dela para aprimorar o foco, gerindo melhor seus sentimentos.
4. Ampliação das fontes de motivação
Geralmente, a motivação tem duas fontes básicas: ganhos obtidos a partir da ação, ou dificuldades evitadas por ela. No âmbito do trabalho, esses pontos se relacionam diretamente com os salários e o risco de perder a fonte de renda. Porém, há a influência de outros elementos.
Alguns deles são fortemente impactados pela inteligência emocional. Por exemplo, o autoconhecimento serve para profissionais entenderem seus talentos. Na prática, um funcionário pode se sentir motivado pelas tarefas que faz estarem ligadas a suas habilidades especiais.
5. Conhecimento e gestão das próprias emoções
Ainda no campo do autoconhecimento, a qualidade, a efetividade e a prudência das reações dependem da capacidade de cada pessoa de lidar com seus sentimentos. Até porque a maneira como os estímulos são entendidos varia de acordo com as vivências individuais.
Nesse cenário, compreender as emoções do momento e as origens delas permite eliminar percepções negativas que não são condizentes com a realidade, a fim de agir com tranquilidade.
6. Capacidade de compreender as emoções dos outros
De forma complementar, as reações dos outros também surgem de suas perspectivas pessoais. Por isso, algumas palavras simples se transformam em ofensas graves ao tocarem em pontos sensíveis.
Mesmo que não seja possível ler mentes, ao desenvolver a inteligência emocional, fica mais fácil se abrir para novas visões. Assim, a pessoa com essa capacidade conclui o que está por trás de cada atitude e age de modo assertivo.
Como desenvolver a inteligência emocional?
Está bastante claro que os benefícios da inteligência emocional são úteis para a empresa e para os profissionais, certo? Mas desenvolvê-la precisa ir além no ambiente de trabalho, já que seu progresso depende do esforço pessoal.
Enquanto equipes de RH podem disponibilizar cursos, treinamentos comportamentais ou conteúdos sobre o assunto, cabe a cada um adotar diariamente ações e posturas como:
- definir com palavras suas emoções;
- analisar as causas por trás delas;
- buscar afastamento para entender situações e sensações;
- não evitar sentimentos negativos;
- procurar conhecer a perspectiva do outro;
- não julgar atitudes e emoções alheias baseando-se apenas nas próprias vivências;
- estabelecer e respeitar limites pessoais;
- escutar ativamente com o propósito de compreender;
- tornar explícitas crenças e percepções implícitas;
- tomar o tempo necessário para decidir;
- ser responsável pelo que fala e faz.
Diante dos benefícios da inteligência emocional que apresentamos e das aplicações práticas dessa capacidade no ambiente de trabalho, é evidente a importância de desenvolvê-la tanto em colaboradores quanto em gestores. As empresas e suas equipes só têm a ganhar ao colocarem esforço em prol disso.
E você, já vivencia a aplicação da inteligência emocional no trabalho? Comente e conte exemplos práticos da sua experiência!