Os métodos tradicionais de estudos, voltados à aprovação em testes, e não ao aprendizado e à retenção do conhecimento, levam os alunos a esquecerem a maior parte das informações logo após a avaliação.
A repetição espaçada do conteúdo é um meio extremamente eficiente para evitar isso. Fundamentada em pesquisas sobre o funcionamento cognitivo e da memória humana, ela permite a fixação do conhecimento.
Quer saber como essa metodologia funciona? Vamos te contar a seguir!
O que é a técnica de repetição espaçada do conteúdo?
Trata-se de uma técnica de aprendizado cognitivo baseada no princípio de que é preciso revisitar uma informação regularmente a fim de garantir que a memória retenha esse conhecimento. Para isso, a pessoa deve repetir de maneira espaçada aquilo que deseja fixar.
Essa metodologia ajuda na retenção de conceitos a longo prazo, bem como a aprender ou memorizar conteúdos, pois se baseia na curva do esquecimento — um estudo que mostra que informações são perdidas com o passar do tempo se não forem revistas.
Quais são os seus benefícios?
A repetição espaçada de conteúdos encontra muita resistência, uma vez que exige disciplina de quem quer obter resultados. Também há pessoas que a consideram chata, pela necessidade de rever informações. Mas todo o esforço demandado vale a pena em relação aos benefícios que a técnica agrega. Tais como:
- aprofunda e fixa o conhecimento;
- auxilia na compreensão de conceitos complexos;
- simplifica o entendimento do conteúdo;
- permite identificar as informações mais relevantes;
- melhora o processo de memorização;
- reduz o esquecimento;
- otimiza os estudos;
- aumenta a velocidade da aprendizagem;
- facilita o desenvolvimento de novas habilidades;
- amplia a capacidade cognitiva;
- fortalece o cérebro, criando estruturas neurais menos frágeis;
- atende às necessidades e capacidades individuais do aluno;
- fornece autonomia no aprendizado.
Como aplicá-la no processo de ensino-aprendizagem?
Essa técnica é comumente implementada quando se estuda outras línguas, devido à necessidade de treinar o vocabulário e a pronúncia para não esquecer o idioma. Sua aplicação demanda a mescla de estudos e revisões com intervalos cada vez mais espaçados.
Ela pode ser feita intercalando métodos de aprendizagem e tópicos relacionados ao mesmo assunto, distribuídos ao longo do tempo para rever o conteúdo. Dessa forma, quanto menos domínio sobre uma temática, menor deve ser o espaço entre uma revisão e outra.
A maneira mais fácil de integrar essa metodologia ao processo de ensino-aprendizagem é trabalhar um tema de diferentes perspectivas, assim como usando ferramentas variadas e apropriadas para seu estudo. Alguns exemplos para tanto são:
- softwares educativos;
- mapas mentais;
- flashcards;
- fichamento;
- exercício e questões;
- simulação;
- áudios e vídeos;
- releitura;
- resumo;
- anotações;
- mapas conceituais;
- prática.
Como o microlearning pode ajudar?
O microlearning é uma forma de organizar os conteúdos dividindo-os em tópicos curtos e focados, estudados em intervalos de tempo. Ou seja, se baseia na repetição espaçada. Ele é eficaz para a gestão de conhecimento, principalmente por ser ajustável ao tempo e à capacidade de cada pessoa, permitindo que ela progrida gradualmente.
Além disso, favorece o ensino de profissionais. Nessa situação, pode ser usado para otimizar o desempenho e gerar mudanças culturais profundas nos colaboradores. Utilizando uma plataforma de treinamento que possibilite a implementação do microlearning, empresas podem melhorar o aprendizado de sua equipe.
A repetição espaçada do conteúdo é uma técnica de aprendizado que considera as funções cognitivas do cérebro para não esquecer informações. Muito útil nas formações profissionais, especialmente no modelo microlearning, agrega benefícios a longo prazo para colaboradores e empresas que a usam.