A estrutura de um programa de aprendizagem para a força de trabalho do século XXI
No segundo post da série Novo método de aprendizado (modelo apresentado por Francisco Antonio Soeltl, presidente da MicroPower e da comunidade Learning & Performance Brasil, no livro e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências) vamos tratar das etapas seguintes às Análises de aprendizado. Confira quais são elas!
Etapa n° 2 – Categorias de metas de aprendizado
Soeltl detalha que, nesse estágio, o profissional de T&D precisa determinar as diversas metas de aprendizado que suportarão as habilidades pessoais requeridas e que fecharão a lacuna de desempenho identificada. As categorias de metas de aprendizado dividem-se entre:
- Avaliação de Conhecimento/Competências – o que pode ser feito, por exemplo, pela utilização de ferramentas diagnósticas (eletrônicas), pesquisas e/ou por meio de centros de avaliação presencial.
- Acesso ao “Conhecimento Retido” – avaliar a que conhecimento uma pessoa precisa também ter acesso. Não faz parte desse objetivo de aprendizado que as pessoas tenham de se lembrar do conhecimento.
- Aquisição de “Conhecimento Essencial” – transferir conhecimento crítico para que as pessoas o retenham, pois elas necessitam aplicá-lo regularmente.
- Criação e Compartilhamento de Conhecimento – engajar as pessoas na criação e no compartilhamento de conhecimento.
- Desenvolvimento de Competências – aprender uma nova competência ou uma nova habilidade para fazer algo bem.
- Prática de Competências – praticar uma competência que tenha sido aprendida.
Etapa n° 3 – Métodos de apresentação de aprendizado
Na terceira etapa, são selecionadas uma ou mais modalidades de aprendizagem para fins de desenho e desenvolvimento. Os critérios mais importantes para essa seleção são: eficácia no aprendizado (quais as modalidades de aprendizagem oferecem o melhor meio de se transferir conhecimento e desenvolver habilidades com base nos requisitos de negócio) e eficiência no aprendizado (quais as modalidades de aprendizado que geram maior valor para os investimentos feitos).
Vale lembrar que as modalidades de aprendizado podem ser agrupadas basicamente em quatro categorias:
- Suporte ao desempenho online: sistemas de aprendizado baseados em tecnologia que oferecem suporte ao desempenho ajudam a aumentar a produtividade e a eficiência.
- Aprendizado social: essa é uma situação em que duas ou mais pessoas aprendem algo juntas. Isso pode ocorrer pela habilitação de tecnologias colaborativas ou sociais ou por se ter interações presenciais.
- e-Courses: programas de aprendizado estruturados síncronos ou assíncronos baseados em tecnologias que suportem metas especificas de aprendizado.
- Aprendizado em sala de aula tradicional: a sala de aula continua sendo um ambiente importante para o aprendizado (proporciona desenvolvimento rápido, especialmente para pequenos grupos de pessoas) e reforçar a cultura empresarial, além de oferecer acesso à liderança, formar equipes, promover redes de práticas.
Referência: e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências, de Francisco Antonio Soeltl.